Falei com o Juninho sobre Sudeste 2019!

Conversei por telefone com o Juninho hoje pela tarde. Eu queria saber sobre as impressões dele em referencia ao campeonato. Afinal, é a segunda vez consecutiva que ele ganha o Campeonato Sudeste Brasileiro de Snipe.

Perguntei sobre as diferenças de velejar no mar da Ilhabela e na represa e ele mais ou menos respondeu o seguinte:

“São posicionamentos diferentes de navegação. As regulagens são diferentes. Já velejei bastante aqui quando era mais novo e mais recentemente velejei de HPE e isso ajudou muito no desempenho das regatas da represa. Aqui na Ilha a gente só treina com vento forte mas a gente precisa aprender a velejar com todo tipo de vento. Sair o vento forte pro vento fraco é um desafio se não estiver treinado.”

Sobre o Rafa:

“O Rafael Carballo é proa do Matheus.  Muda muita coisa a bordo com a troca de proeiro. Foi um pouco mais dificil por causa dessa diferença. Ele não sabe como eu velejo então não deu tempo de treinar tanto assim a ponto de estar em sintonia os dois. Com o Binho e mais natural pois a gente já esta velejando a bastante tempo e com o Rafa eu precisei olhar mais pro barco.”

Perguntei sobre os ventos da represa que nos surpreendem tanto pra mais quanto pra menos em relação a intensidade. Disse pra ele que como “anfitrião” me sinto triste de “não receber” os visitantes que vem de longe com aquele sulzinho constante de 15 kn:

“Quando eu vou pra represa eu já saio da ilha sabendo que pode acontecer de não ter vento. A chance de não ter vento na represa é maior mas isso acontece em qualquer lugar. Não fico decepcionado por que eu já sei que isso pode acontecer.”

Perguntei pra ele por que trocar o Sul Americano em Algarrobo no Chile pelo Sudeste Brasileiro na Represa em Sampa:

“Basicamente por dois motivos. Eu ja velejei bastante de Soto 40 em Algarrobo e eu sabia como seriam as condições de vento no campeonato. Tinha uma previsão de pouco vento e eu estava sem meu proeiro e decidi optar pelo Sudeste que teria uma condição parecida e perto de casa. Alugar barco é muito ruim. Então não quis ir pro Sul Americano. Previsão de mil dólares para alugar um barco que não necessariamente seria um bom barco, sem meu proeiro, longe de casa e com vento fraco. Foram perto de 30 barcos assim como o Sudeste então pra mim a melhor opção foi a represa.”

Perguntei sobre o Mundial na Ilha:

” Para o Mundial to treinando 3 a 4 vezes por semana. Parte física todos os dias. Eu velejo 2 semanas e paro um pouco e depois volto a velejar. Vou velejar com o Coveiro, o Gabriel Portilho Borges,  atualmente ele está em campanha olímpica com Marco Grael na 49er. Ele já ganhou o Mundial do canada em 2013, se não me falha a memória, e o Panamericano de 2014 na proa do Amiguinho.”

“É logico que eu quero ganhar o Mundial, afinal quem não quer. Mas o que eu quero mesmo é velejar bem ‘na minha casa’, isso seria o mais importante pra mim.”

Perguntei dos favoritos:

“Cara sem desmerecer tantos outros grandes velejadores que a classe tem, na minha opinião os favoritos são o Amiguinho, o Xandi e o Bebum. São excelentes velejadores. E os estrangeiros favoritos na minha opinião são o Ernesto Rodrigues que ganhou o Hemisfério ano passado e o atual campeão Raul Rios.”

Bom é isso ai. eu tava num Starbuck qualquer dentro de um shopping, ou seja, altamente deprimente e o Juninho tava em algum lugar da Ilha. Foi um bom bate papo que eu compartilho com vocês!

Um grande abraço a todos e bons ventos!

Alonso López.

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Foto: Mr Mario Val!

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Foto: Não sei! Quem fez a foto me avisa eu coloco aqui! Bons ventos!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Snipe Talk com Sidão Block!!! Campeão 1º Sudeste Brasileiro!!

Fala Snipistas!!!
Conforme prometido aqui vai o Snipe Talk com o Sidão que ganhou o Sudeste junto com o Rene! Essa vai pra proa!!!

1 – Quantos anos tem e a quantos anos veleja?
RESPOSTA: Tenho 37 anos e velejo desde os 8.

2 – A vela é uma herança familiar ou você procurou pelo iatismo sozinho e por que?
RESPOSTA: A vela é uma herança familiar, comecei a velejar com meu pai. Minha família frequenta a represa de Guarapiranga desde que meu pai era pequeno, e a vela sempre esteve presente na família.

3 – Qual foi seu primeiro barco? Quantos anos tinha quando teve seu primeiro barco? Quantos barcos ja teve? Seu primeiro barco foi um snipe ou foi outro?
RESPOSTA:  Eu comecei a velejar na proa do meu pai, quando eu tinha 8 anos, era um carajás preto, chamado windy, com pau de madeira (não era automático ) e com mastro muito duro, pistola se não me engano. Meu pai comprou um Torben em 1990, barco que herdei dele em 1994, quando ele faleceu. Fiquei com ele até ano passado, quando vendi para o Andi, amigo meu de infância e também velejador de snipe. Fora o snipe, tínhamos um laser, chamado nicky, que eu sempre velejava também, desde pequeno saia com ele para velejadas na represa, e este ainda esta comigo.

4 – Como foi sua primeira velejada de snipe?
RESPOSTA:  Não lembro muito, mas o pouco que lembro, estava ventando bem, e era tudo muito grande e pesado. Eu ficava muitas vezes olhando as regatas, em cima de uma árvore, quase na beira da represa, lá no Itaupu, era uma realidade muito distante de mim, até que um dia meu pai me convidou para ser seu proeiro, e aquele sonho da árvore, distante, se tornou realidade.

5 – Qual foi seu maior perrengue e qual foi sua melhor velejada de snipe?
RESPOSTA: Meu maior perrengue foi em um brasileiro, lá em Floripa. Acho que muitos lembram deste campeonato, acho que foi em 1995.. 96… Pegamos uma baita tempestade (acho que mediram 67 nós em terra aquele dia),  eu era pequeno, meu proeiro também, e ficamos desesperados… na primeira rajada, o mastro caiu e o barco emborcou, meu proeiro, Renato Strauss e eu chegamos a nos despedir KKKK, no meio daquela tempestade, com uma neblina muito forte, passou o Paulo Santos que viu nosso desespero e gritou, CAAAAAALMA tudo vai ficar bem e ele sumiu no nevoeiro… não ajudou muito RS
A melhor velejada eu não lembro, pois foram váriasssss memoráveis.

6 – Quais são seus planos para os próximos 10 anos em relação ao snipe?
Tem alguma sugestão para a equipe a coordenação da classe?
RESPOSTA: Pretendo sempre estar velejando, as vezes com mais disponibilidade  as vezes com menos, mas sempre estar presente em alguns campeonatos.
Sugestão não tenho, e sim agradecer pelo trabalho que vem sendo feito. Estou na classe a muitos anos,  vivi várias fases da classe, o momento da classe é um momento muito bacana,  fico muito feliz de ver essa força que a classe e a vela vem tomando.

Sobre o SUDESTE:

7 – Sidão você também é timoneiro, acha que sua experiencia no leme te ajudou nos trabalhos da proa? Qual foi o maior desafio desse campeonato?
RESPOSTA: Acho que ajudou sim, traz uma leitura diferente da regata e as vezes me antecipava na mente o que o Rene pretendia fazer,  mas com certeza foram os vários anos de proa que me ajudaram mais!
O maior desafio do campeonato, além da adaptação ao barco, foi velejar novamente na represa depois de tanto tempo, uma velejada bem diferente de Ilhabela.

8 – Para você qual foi o momento mais difícil do campeonato?
RESPOSTA: O último dia foi o mais difícil, nos outros dias estávamos velejando tranquilos, sem pressão, não tínhamos a pretensão de ganhar. Entramos para o último dia com uma boa vantagem, mas que foi perdida na penúltima regata, o que fez da última regata do campeonato, a mais difícil de todas.

9 –  Sidão, você já velejou muito na represa e agora mora na Ilhabela, qual a principal diferença da raia da represa com as raias da ilha?
RESPOSTA: A principal diferença são as rondadas. Na Ilhabela, também tem rondadas, mas o barco precisa estar rápido e a tripula bem preparada fisicamente para o barco sempre andar o mais rápido possível (não que isso não seja importante na represa) mas na Ilhabela os bordos são bem mais longos. A represa precisa de muita atenção, se vc perde uma rajada, fica muito para traz. Acho as duas muito bacanas de velejar, adoro velejar na represa.

Snipe Talk com René Hornazabal! Campeão do 1º Sudeste Brasileiro!

Fala galera, Snipe talk com os campeões! Aqui está o Rene, logo mais tem o Sidão!
Parabéns caras pelo campeonato!

1 – Quantos anos tem e a quantos anos veleja?
RESPOSTA:
Tenho 33 anos e velejo desde os 8 anos de idade.

2 – A vela é uma herança familiar ou você procurou pelo iatismo sozinho e por que?RESPOSTA:
A vela é uma herança familiar sim, meu pai veleja e ele foi quem fez conhecer este deporte maravilhoso que virou uma forma de vida para mim.

2 – Qual foi seu primeiro barco? Quantos anos tinha quando teve seu primeiro barco? Quantos barcos ja teve? Seu primeiro barco foi um snipe ou foi outro?
RESPOSTA:
Comecei velejar no “Prime Rate” o Maxi 20 do meu pai, minha função era soltar o traveller da mestra… logo enseguida na minha cidade “San Nicolas” tivemos um grande velejador llamado Ramon Oliden que tinha sido campeão mundial de Optimist, foi nesse verão Janeiro de 1992 que a escolinha de vela do Club de Regatas San Nicolas teve a maior flotilha de optimist (32), chegando o inverno fomos poucos os que continuamos.

Meu primeiro barco foi um optimist “LANGE” lembro ate hoje quando minha mãe chegou no clube e falou para mim que tinham comprado um OP. era vesperas do campeonato no meu clube, fiquei super feliz por la noticia. Depois do OP , velejei em Cadet , Laser , Snipe e 29er. E só vim ter meu primeiro snipe aqui no Brasil. Hoje já encomendei o 4 Snipe Lemão!

3 – Como foi sua primeira velejada de snipe?
RESPOSTA:
Minha primeira velejada de snipe foi muito divertida, Tinha uns 11 anos e eu e um muy amigo meu “Laureano” saimos no “Biguá” barco de madeira do clube no qual meu pai tinha velejado durante muito tempo, e na volta para o clube num bordo o barco virou e os dois parados na bolina não conseguiamos desvirar, tivemos que esperar um bote do clube nos socorrer.

4 – Qual foi seu maior perrengue e qual foi sua melhor velejada de snipe?
RESPOSTA:
Não lembro do maior perrengue, curto muito de velejar de snipe. A melhor velejada acho que foi em Cabo Frio! aquelas ondas e vento constante são demais! Mas a Ilhabela não fica para atras, Aqui também dei boas velejadas!

5 – Quais são seus planos para os próximos 10 anos em relação ao snipe? Tem alguma sugestão para a equipe a coordenação da classe?
RESPOSTA:
Meus planos para o futuro com relação ao Snipe são poder velejar o maximo de campeonatos possiveis , viajando pelo Brasil todo e pro exterior também.

A classe está fazendo um trabalho muito bom! acompanhei e participei bastante neste crescimento, hoje em dia na represa tem muito snipe velejando, gente que tinha parado e voltou e gente nova, isso é fruto do trabalho em conjunto dos clubes , patrocinadores e a coordenação da classe. Continuem assim.

Sobre o SUDESTE:

6 – qual seu maior adversário na raia e como conseguiu safar-se dele?
RESPOSTA:
Tinha varios que maiores adversarios, ainda mais para a gente que tinha ido pro campeonato com um barco emprestado que não sabiamos se o barco ia a funcionar como nos gostamos. Mas logo na primeira regata deu para ver que Beto e Bolinha eram os adversarios mais firmes. Eles fizeram uma primeira regata liderando de ponta a ponta e abrindo perna traz perna!. a gente consigui tirar um 2 lugar nessa regata e ganhar a segunda. Realmente não esperavamos começar assim. Ficamos surpresos de nosso primeiro dia.

7 – qual o momento mais difícil do campeonato?
RESPOSTA:
o momento mais dificil do campeonato foi no ultimo dia, devido as condições do vento, ele rondava muito com muitas rajadas e estava diferente dos dias anteriores , favorezendo mais o lado direito da raia. Largamos a primeira regata com uma diferença de 6 pontos do primeiro o que nos dava um pouco de tranquilidade, a boia de contravento montamos em 3 se não me engano e Berto e Bolinha em 4 , fizemos um popa muito ruim e escolhimos mal o gate de sotavento isso fez com que a gente monte em 10 lugar e Beto em 1ro! foi um desespero , ele não só estava descontando os seis pontos de vantagem se não que estava abrindo quatro. Acertando os bordos e com um pouco de sorte conseguimos terminar em 4 essa regata. Conseguimos respirar!

8 –  qual a principal diferença da raia da represa com as raias da Ilhabela?
RESPOSTA:
São duas coisas totalmente diferentes, velejar no mar não é a mesma coisa que velejar numa represa. Aqui as raias são mais abertas , com menos variação do vento e com onda.

A represa é tudo o contrario, o vento ronda muito , tem muita diferença de pressões  e não tem onda. Os dois lugares são diferentes mas ao mesmo tempo muito bons!!

Snipe Talk com Leo Prioli!!!

img_0124Já faz um tempo que a gente não faz um Snipe Talk! Vamos de Leo Prioli hoje!!!

1 – Quantos anos tem e a quantos anos veleja?

LEO: Tenho 43 anos e velejo a 28 anos

2 – A vela é uma herança familiar ou você procurou pelo iatismo sozinho e por que?

LEO: Não é herança familiar. Tive a oportunidade de ir a um almoço no Clube do Caiçaras com um amigo meu e sua familia e após o almoço fomos dar uma volta no clube, por acaso entramos na garagem náutica e resolvi entrar para a escolinha de vela.

3 – Qual foi seu primeiro barco? Quantos anos tinha quando teve seu primeiro barco? Quantos barcos ja teve? Seu primeiro barco foi um snipe ou foi outro?

LEO: Tive meu primeiro barco aos 19 anos anos, minha tia me deu um snipe do Lidenburg. Acabei me apaixonando pela classe e de lá para cá já devo ter tido uns 7 snipes e 2 lasers.

4 – Como foi sua primeira velejada de snipe?

LEO: Foi na Lagoa Rodrigo de freitas, onde eu rezava para não ventar para não fazer força… logo depois fiz a proa do mitológico Ivan Pimentel e acabamos fazendo uma parceria de 3 anos que me ensinou a competir em alto padrão. Depois passei alguns anos no leme e troquei de classe por alguns anos.

5 – Qual foi seu maior perrengue e qual foi sua melhor velejada de snipe?

LEO: Acho que meu maior perrengue foi em Cabo frio onde pegamos para lá de 45 nós e metade da flotilha quebrou antes de tentar voltar para o clube, os que não quebraram foram parar na areia da praia. Tive diversas velejadas maravilhosas sendo inesquecível quando você termina a regata na Baía de Guanabara e o retorno ao clube é com a imagem do pão de açúcar e a praia.

6 – Quais são seus planos para os próximos 10 anos em relação ao snipe? Tem alguma sugestão para a equipe a coordenação da classe?

LEO: Continuar me divertindo. Pretendo voltar ao circuito nacional da classe correndo os eventos fora de São Paulo.

Snipe Talk com Mario Sacconi!!!

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Bom dia Snipistas!

O Snipe Talk desta semana é com o grande Mario Sacconi!!

Ai vai!!…

Snipe Talk!!!

1 – Quantos anos tem e a quantos anos veleja?

MARIO: tenho 62 anos, velejo desde os 24 anos

2 – A vela é uma herança familiar ou você procurou pelo iatismo sozinho e por que?

MARIO: Não é herança familiar. Trabalhava numa empresa na década de 70 que dava vista para a represa e dela via os barcos. Fiquei curioso, visitei varias marinas no intervalo do almoço do trabalho e depois de algumas propostas escolhi para comprar um Sunfish. Levei para o Sailing Center e assim tudo começou.

3 – Qual foi seu primeiro barco? Quantos anos tinha quando teve seu primeiro barco? Quantos barcos ja teve? Seu primeiro barco foi um snipe ou foi outro?

MARIO:  Sunfish por pouco tempo até conhecer um FINN

4 – Como foi sua primeira velejada de snipe?

MARIO: comprei em 2004 Snipe para velejar/treinar com a Carolina.

5 – Qual foi seu maior perrengue e qual foi sua melhor velejada de snipe?

MARIO: Tenho vários perrengues para contar: a primeira velejada de Snipe com a Carolina no canal de São Sebastião com vento sul muito forte demos uma embica e entortou o mastro 90º e outra foi no sul-americano em Porto Alegre com o Francisco 15 anos x 45Kg quando fomos apresentados para o Minuano.

Tive e continuo tendo ótimas velejadas de Snipe mas em Salvador foi espetacular.

6 – Quais são seus planos para os próximos 10 anos em relação ao Snipe?

MARIO: Viver bem e velejar faz parte.

Snipe Talk com Beto Hackerott!!!!!!

img_0124Semana curta de feriado, não vai dar tempo de sentir saudades do barco! Quinta feira já vamos pra água de novo!!!

Eu tô caçando snipista pra colocar uma entrevista aqui por semana!!  Mais fácil caçar os caras em terra do que na água!! Então vamos nessa!!

Nosso Snipe Talk dessa vez é com o Beto! O cara bolou a Copa Vela pra nossa felicidade!! Neste último final de semana a raia teve 70 barcos e na nossa classe batemos recorde de 24 barcos inscritos!!

A entrevista do Beto Hackerott esta ai na sequencia!

Boa semana e bons ventos!!

Snipe Talk!

1 – Quantos anos tem e a quantos anos veleja?
BETO: 37 anos, velejo há 32 anos de Snipe.

2 – A vela é uma herança familiar ou você procurou pelo iatismo sozinho e por que?
BETO: herança familiar. Velejei pela primeira vez aos 5 anos com meu pai, que na época tinha o Snipe Lineburger 14414.

3 – Qual foi seu primeiro barco? Quantos anos tinha quando teve seu primeiro barco? Quantos barcos ja teve? Seu primeiro barco foi um snipe ou foi outro?
BETO: em troca de uma bela reforma, fiquei com o Snipe Thor 26656 do meu pai Fred a partir dos 20 anos de idade. Foi meu primeiro barco, que tenho até hoje guardado na garagem. Foi quando assumi a função de timoneiro. Depois de alguns anos comprei um Lemão semi-novo do Bebum (30546) que utilizo até hoje.

Outro aspecto importante é que fui proeiro de meu pai dos 9 aos 17 anos de idade. Foi bom para aprender o valor de trabalhar em equipe…Fomos campeões paulistas de Snipe em 1994. Eu tinha 14 anos. Foi quando decidi seguir na classe Snipe.

4 – Como foi sua primeira velejada de snipe?
BETO: foi em 1984, quando eu tinha 5 anos. Caiu uma tempestade com raios e trovões e até hoje me lembro de ficar escondido no porão do Snipe de madeira, por recomendação (arriscada) do meu pai. Imagina se o barco vira? Não virou…

5 – Qual foi seu maior perrengue e qual foi sua melhor velejada de snipe?
BETO: maior perrengue foi no brasileiro de 2006 na represa. Após a regata entrou uma chinelada de Oeste com mais de 45 nós. Tiramos o Grande antes da rajada e o barco planava a 15 nós só com a buja e os dois na escora. Eram 80 Snipes na raia, quem não tirou o grande capotou…parecia boliche…

6 – Quais são seus planos para os próximos 10 anos em relação ao snipe? Tem alguma sugestão para a equipe a coordenação da classe?
BETO: gostaria de continuar na classe. Sempre ativa, com pessoas do bem, que seguem bem o lema “serious sailing, serious fun”. Investi num barco bom e tenho velejado regularmente nas regatas da COPA YCP. Fico feliz de incentivar proeiros a crescerem na vela, como foi com o Gabriel Chorociejus (parceria de 4 anos) e minha esposa Eloah, minha valente proeira há 2 anos. Ensinei muita gente a velejar no Snipe! É um barco escola completo e muito mais:

O Snipe é um excelente veleiro para o perfil do Brasileiro: marinheiro no mar, durável, relativamente barato – porque é produzido no Brasil – com baixa depreciação em relação às classes olímpicas e semi-olímpicas. Além disso, é super competitivo e técnico. Ensina a trabalhar em equipe. Muita gente boa, campeã e com experiência velejando. Bruno Bethlem foi Snipista a vida toda e irá para os olimpíadas do Rio no 470. Rondina e Nicholas Grael, também Snipistas, vão no mesmo caminho…os jovens têm na classe Snipe a possibilidade de velejar em raias do Brasil todo, muitas vezes com mais de 70 barcos competitivos num mesmo campeonato. Não há melhor treino e aprendizado para um jovem recém-saído do Optimist, que um dia, numa raia olímpica, enfrentará 80 barcos numa regata! quase TODOS os medalhistas olímpicos brasileiros da vela passaram pelo Snipe: Torben, Lars, Scheidt, Prada…todos são Snipistas de formação!
Hoje, tentam seduzir os jovens pela velocidade…E, por isso, tem gente que diz que o Snipe não é a melhor escolha para o jovem… Eu discordo totalmente! A maioria das regatas de hoje é barla-sota e o Snipe é muito rápido e orçador no contravento. A flotilha anda impressionantemente igual e qualquer erro menor te joga pra trás. A noção de velocidade relativa é altíssima devido a esse emparelhamento com muitos barcos. Muitas vezes chegam 5 ou 6 barcos juntos, em regatas de 20 barcos…e tudo isso cabe no bolso do “paitrocinador”..!

Snipe Talk com Jonas Chorociejus!!!

img_0124O Snipe Talk desta semana é com o Jonas CHOROCIEJUS!

Queremos divulgar a classe e também compartilhar conhecimento e experiencias!

Os maiores beneficiados com isso são os velejadores mais novos ou aqueles que estão interessados em adquirir um snipe e entrar para a classe.

Então aqui vai mais um Snipe Talk!!!

1 – Quantos anos tem e a quantos anos veleja?

JONAS: 55 e e velejo 15 anos de Snipe (descontado a interrupção)

2 – A vela é uma herança familiar ou você procurou pelo iatismo sozinho e por que?

JONAS: Nem de longe poderia ter feito essa Loucura, rss, meus pais souberam que eu tinha um veleiro quando comprei o segundo, um Snipe de madeira Jorge Anel.

3 – Qual foi seu primeiro barco? Quantos anos tinha quando teve seu primeiro barco? Quantos barcos ja teve? Seu primeiro barco foi um snipe ou foi outro?

JONAS: Tinha 18 anos quando comprei um Hobbie 3.9 em sociedade com um primo.

Depois vieram: Snipe de madeira (acima), outro Snipe (Kazumbi) porque tinha quebrado o mastro do outro e este tinha 2 mastros (daí fui introduzido no CDMI e aprendi a fazer regata.

Tive ainda 2 Lasers STD (Mauki e Kansin) 1 Gaivota 23 1 Van de Start 22’ (maravilhoso).

1 Snipe Thor (que vendi pro Bruno que descobriu que era torto) – Nesse barco me desanimei de velejar SN e por uma série de motivos deixei a classe sem ter feito nenhum bom resultado…. MANZA???…em 2003 fui convidado a fazer proa com o Fredi e o Beto, depois o Gabi me substituiu e em 2004 no Sul Brasileiro, convidado a fazer a medição (havia sido medidor da Classe por 3 anos) resgatei o Wave-Up (BRA 22210) e voltei a correr, e com a Gisele se confirmando Proeira oficial, decidimos comprar um outro barco, que era do Gagliotti, hoje o Smart.

4- Como foi sua primeira velejada de snipe?

JONAS: Uma Loucura, montando um barco de madeira sem estanque, ajudado por um amigo de Ilhabela que uma vez havia velejado de SN,depois de algumas boas surras da correnteza, e com vários finais de semana de experiencia, fomos enfim Náufragos no canal… recolhido por uma lancha, longa história.

5 – Qual foi seu maior perrengue e qual foi sua melhor velejada de snipe?

JONAS: Como comandante: Maior perrengue foi voltar de Ilha Grande no Sagar (Van de Start 22’ – Zeemin) debaixo duma Lestada violenta… sem iluminação, sem motor, com a tripulante deitada a golfejar bili, eu amarrado planando em popa rasa, até Ubatuba…

Como Tripulante: Subindo do Rio a Salvador, passar pelo Cabo de São Tomé, depois de muito NE, com entrada de SO, ondas de 8 m, a dura ecolha passar pelo canal ou dar a volta… nunca soube que tinha unhas tipo Volverine… pra agarrar no barco, rsss.

6 – Quais são seus planos para os próximos 10 anos em relação ao snipe? Tem alguma sugestão para a equipe a coordenação da classe?

JONAS: Fazer uma campanha Madura e Segura, descartar ventos muito fortes e nos preparar para correr o Mundial de Master e algum Campeonato Europeu, Fazer as séries de SP e Litoral que puder participar.

Sugestão: Difícil mas instrutiva: Levar o maior número de barcos pro Litoral nem que seja Santos, e fazer 2 séries no Semestre, fora a Semana de Vela .

Ideal seria em Ilha Bela, conseguir a guarda segura da flotilha e alojamentos econômicos, porque a crise assola o laser. Realizar o evento com confraternização e bate papo.

Snipe Talk com Iwan Balian

img_0124A intenção do Snipe Talk é divulgar a classe e também compartilhar conhecimento e experiencias!

Os maiores beneficiados com isso são os velejadores mais novos ou aqueles que estão interessados em adquirir um snipe e entrar para a classe.

Então aqui vai mais um Snipe Talk!!! Dessa vez Iwan Balian!

SnipeTalk: Quantos anos tem e a quantos anos veleja?

Iwan: Tenho 30 anos. Na infância e adolescência velejei de oceano conhecendo bastante do litoral de Ubatuba até ilha grande. De Snipe comecei a velejar em 2008 com 22.

SnipeTalk: A vela é uma herança familiar ou você procurou pelo iatismo sozinho e por que?

Iwan: Quando eu tinha 9 anos meu pai levou a família toda em uma viagem de 15 dias do Saco da Ribeira até a ilha Grande, no veleiro de 32 pés chamado Neblina que pertencia a um amigo dele. Foi o suficiente para eu nunca mais querer parar de velejar.

SnipeTalk: Qual foi seu primeiro barco? Quantos anos tinha quando teve seu primeiro barco? Quantos barcos ja teve? Seu primeiro barco foi um snipe ou foi outro?

Iwan: Meu primeiro barco foi um Optmist de madeira que ainda possuo. Foi aos 10 anos. O meu Snipe é meu segundo barco, só tive 2 até hoje.

SnipeTalk: Como foi sua primeira velejada de snipe?  Qual foi seu maior perrengue e qual foi sua melhor velejada de snipe?

Iwan: Minha primeira velejada de Snipe foi com meu barco, na represa do Broa – São Carlos, em um dia frio de Setembro. Estava muito ansioso e foi uma velejada alucinante cheia de surpresas para um inexperiente que nunca tinha velejado em um Snipe…rs. Logo de cara o burro enroscou na bolina e o barco virou na praia, derrubando minha proeira (mãe) na água. Depois de conseguir sair velejando, o brandal de sotavendo se encontrava  solto causando pânico a bordo, mas no final conseguimos curtir e voltar são e salvo.

Meu maior perrengue, com exceção a primeira saída que descrevi acima, foi em um campeonato sul brasileiro na Guarapiranga em 2010, que fazia muito frio e sem roupa impermeável, totalmente encharcada, minha mãe que estava na proa começou a ter hipotermia e eu tive que subir com o barco, sem carreta, na rampa do YCP e todos ajudaram para leva-la para a sauna se recuperar. Depois desse episódio comprei minha primeira roupa de borracha e pintei o casco do barco na estufa de um amigo.

Tive muitas velejadas boas com planadas sensacionais, mas minha melhor velejada foi em uma regata treino na raia 3 em 2011, em que consegui chegar em primeiro. Uma sensação sem igual!

SnipeTalk: Quais são seus planos para os próximos 10 anos em relação ao snipe? Tem alguma sugestão para a equipe a coordenação da classe?

Iwan: Nos próximos 10 anos espero ter evoluído em relação a tocada do barco, conseguir andar mais na frente e me divertir ao máximo. Espero conseguir correr um campeonato brasileiro também.

A minha sugestão para a coordenação da classe é tentar trazer um campeonato brasileiro para a represa Guarapiranga em breve. 😀

Obrigado pela oportunidade. Valeu! Abraço!
Iwan

Snipe Talk com Martin Whittle!!

img_0124 Semana passada falamos com Caio Prado e  agora temos o Martin Whittle no Snipe Talk que foi o segundo a comprar o Selo 2016 e a pagar a SCIRA este ano!!

Alias não esqueçam de pagar a taxa! Mandem e-mail para snipesaopaulo@gmail.com!

Ai vai…

SNIPE TALK!!

SnipeTalk: Quantos anos tem e a quantos anos veleja?

Martin: Tenho 59, e 8 anos de vela mais constante. Antes disso, velejava intermitentemente.

SnipeTalk: A vela é uma herança familiar ou você procurou pelo iatismo sozinho e por que?

Martin: Tenho afinidade pelo mar/oceano e gosto de atividades náuticas. A Guarapiranga não é mar contudo é uma opção alternativa para nós paulistanos (se chover) onde é possível se recriar com o vento passando pelas velas.

SnipeTalk: Qual foi seu primeiro barco? Quantos anos tinha quando teve seu primeiro barco? Quantos barcos ja teve? Seu primeiro barco foi um snipe ou foi outro?

Martin: Meu primeiro barco foi um snipe usado e subsequentemente adquiri um snipe Lemão novo que uso até hoje.

SnipeTalk: Como foi sua primeira velejada de snipe?

Martin: Foi como proeiro, com Miguel Olio no leme. Acho que foi numa regata na Guarapiranga, vento razoável, e muito aprazível.

SnipeTalk: Qual foi seu maior perrengue e qual foi sua melhor velejada de snipe?

Martin: Já quebrei um mastro após sofrer uma rajada muito forte com vento em popa: pura falta de experiência; conseguimos um reboque. A melhor velejada ocorre quando o barco está perfeitamente regulado, planando num vento de 15 nós, e talvez ultrapassando um colega no snipe adjacente.

SnipeTalk: Quais são seus planos para os próximos 10 anos em relação ao snipe? Tem alguma sugestão para a equipe a coordenação da classe?

Martin: Devo fazer mais esforço para levar o snipe para o litoral e velejar no mar, com tudo que isso implica. A coordenação da classe está ficando mais organizada e atenta; diria que está no rumo certo.

Snipe Talk com Caio Prado!!

img_0124Já a algum tempo falávamos sobre estas mini entrevistas com velejadores da classe. A intenção sempre foi a de divulgar e compartilhar conhecimento e experiencias.

A Paola e o Blum fizeram alguns Snipe Talks para acompanhar o Brasileiro de Salvador.

Acho que os maiores beneficiados com isso são os velejadores mais novos ou aqueles que estão interessados em adquirir um Snipe e entrar para a nossa classe.

Aqui vai a entrevista com o Caio que foi o primeiro a comprar o Selo 2016 e a pagar a SCIRA este ano!! Alias não esqueçam de pagar a taxa! Mandem e-mail para snipesaopaulo@gmail.com!

SNIPE TALK

1 – Quantos anos tem e a quantos anos veleja?

CAIO: Tenho 39 anos, e comecei a velejar aos 7.

2 – A vela é uma herança familiar ou você procurou pelo iatismo sozinho e por que?

CAIO: Comecei a velejar junto com meu pai e minha irmã mais velha. Quando pequeno meu pai tinha trocado os veleiros por lanchas, mas logo se arrependeu pois acreditava que o melhor para nós seria criarmos gosto pelo iatismo. Então, ele vendeu tudo de novo e comprou um Marreco 16. Passamos a velejar com ele, mais forçados do que por vontade própria, e ainda bem que foi assim.

2 – Qual foi seu primeiro barco? Quantos anos tinha quando teve seu primeiro barco? Quantos barcos ja teve? Seu primeiro barco foi um snipe ou foi outro?

CAIO: Depois do Marreco meu pai teve outros veleiros. Considerando como meu primeiro barco, ganhei um Optmist e comecei minha “carreira solo”. Acho que eu tinha de 9 para 10 anos de idade.

Depois disso tive a oportunidade de ter outros barcos, passando por Holder 12, Lasers, Snipes, Micro 19, Lightnings, e HPE 25. Hoje tenho um snipe e um lightning.

3 – Como foi sua primeira velejada de snipe?

CAIO: Com os filhos partindo pra carreira solo, meu pai resolveu comprar um barco mais rápido pra atrair seus “velhos proeiros”. Éramos sócios do Y.C.Itaupu onde a classe snipe era bastante numerosa. Ele adquiriu um snipe Carajás do Renato Machado de Almeida que se chamava Rush e parecia uma lata de tinta Suvinil, pois era amarelo e ia mudando a cor para vermelho da proa pra popa. Foi assim que comecei a velejar de snipe.

4 – Qual foi seu maior perrengue e qual foi sua melhor velejada de snipe?

CAIO: Sobre qual foi o maior perrengue, acho que foi no campeonato brasileiro em Florianópolis que acabou ficando famoso por ter tido uma regata cancelada devido ventos muito superiores ao limite imposto pela classe de 25 nós.

Estava correndo na proa do Bruno Ruthenberg e tivemos a brilhante ideia de continuarmos na regata enquanto os mais experientes já estavam baixando velas. O resultado da ousadia foi que ficamos nadando por muito tempo, junto ao barco capotado sem bolina, até, enfim, sermos resgatados. Talvez tenha sido também a melhor velejada.

5 – Quais são seus planos para os próximos 10 anos em relação ao snipe? Tem alguma sugestão para a equipe a coordenação da classe?

CAIO: Depois de um tempo afastado da classe, tomei a decisão de voltar a velejar de snipe por diversos motivos. As regatas são ótimas, tenho muitos amigos de longa data na classe, mas talvez o principal motivo seja a intensão de repetir com meus filhos o que meu pai fez por mim e minhas irmãs.

Sobre alguma sugestão para a coordenação, de verdade, considero que o trabalho tem sido muito bem feito, e uma prova disso foi o reaquecimento da classe snipe no estado de São Paulo nos últimos anos. Além de continuar coordenando e organizando os eventos, acho que devemos continuar focando em incentivar os fornecedores nacionais. Em tempos de crise o snipe se torna mais do que um bom barco e uma classe forte, mas sim a solução mais viável.

Ah, encontros para confraternização entre os velejadores nunca são demais!